Inspirações Literárias | Distopias em Volume Único

em 07 abril 2022

     Olá meu povo, como estamos? Desde que me tornei leitora, estou sempre em busca de gêneros novos, ou mesmo títulos mais recentes dos estilo que me sinto mais confortável em ler. 
    Mas, especialmente em distopias, é comum que a trama se alongue em trilogias/séries, o que desanima um pouco, pois estou numa fase de procurar leituras mais rápidas. 
    Além disso, existe o risco não serem lançados todos os volumes aqui no Brasil e nunca vou saber o final. 


Inspirações Literárias | Distopias em Volume Único
Foto: Creative Commons/Pixabay




    Por isso, estou preferindo tramas que se passem em volume único nos últimos tempos. Dessa forma, fico mais tranquila em saber que a história terá um final próximo.   
    Se você, assim como eu, está preferindo histórias que comecem e terminem em um único volume, hoje vou compartilhar algumas distopias nesse estilo. 




Inspirações Literárias | Distopias em Volume Único






1. 1984 


Autor: George Orwell

Ano: 1949 (edição original)

Páginas: 336



1984 | George Orwell
Foto: Divulgação



Publicado em 1949, 1984, de George Orwell nasceu destinado à polêmica. Traduzido em mais de sessenta países, virou minissérie, filmes, quadrinhos, mangás e até uma ópera. Ganhou holofotes em 1999, quando a produtora holandesa Endemol batizou seu reality show (formato que chegou à TV nos anos 1970), de Big Brother, o mais sinistro personagem, ou melhor, entidade do livro.
No enredo que tem Londres como cenário (na fictícia Oceânia) -, tudo gira em torno do Grande Irmão. “Quarenta e cinco anos, de bigodão preto e feições rudemente agradáveis”, o Big Brother é o líder máximo. Assumiu o poder depois de uma guerra de escala global (análoga à Segunda Guerra, porém com mais explosões atômicas), que eliminou as nações e criou três grandes estados transcontinentais totalitários. O trabalho de Winston, o herói de 1984, é reescrever artigos de jornais do passado, de modo que o registro histórico sempre apoie a ideologia do Partido.


2. Admirável Mundo Novo



Autor: Aldous Huxley

Ano: 1932 (edição original)

Páginas: 312



Admirável Mundo Novo | Aldous Huxley
Foto: Divulgação



Em uma sociedade organizada segundo princípios estritamente científicos, Bernard Marx, um psicólogo, sente-se inadequado quando se compara aos outros seres de sua casta. Ao descobrir uma “reserva histórica” que preserva costumes de uma sociedade anterior – muito semelhante à do leitor – Bernard vai perceber as diferenças entre esta civilização e a sua – e a partir de um sentimento de inconformismo ele desafiará o mundo. A história de Bernard se passa em um ambiente em que a literatura, a música e o cinema só têm a função de solidificar a alienação; um universo que louva o avanço da técnica, a produção em série, a uniformidade contra a diversidade.

Muitas das previsões de Huxley vieram a ser confirmadas anos mais tarde, como a tecnologia reprodutiva, as supostas técnicas de aprendizado durante o sono e a manipulação pelo condicionamento psicológico.
Ao lado de obras como Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, e 1984, de George Orwell, que criticavam os governos totalitários de esquerda e de direita, Admirável mundo novo figura na lista dos livros mais relevantes e influentes de todos os tempos. O clássico de Huxley não é somente um hábil exercício de futurismo ou de ficção científica, mas um olhar acerca do autoritarismo no mundo desde que o livro foi publicado, em 1932, e que continua a nos assombrar.

3. Fahrenheit 451



Autor: Ray Bradbury

Ano: 1953 (edição original)

Páginas: 215



Fahrenheit 451 | Ray Bradbury
Foto: Divulgação



Escrito após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1953, Fahrenheit 451, de Ray Bradubury, revolucionou a literatura com um texto que condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas principalmente o cenário dos anos 1950, revelando sua apreensão numa sociedade opressiva e comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra. Agora, o título de Bradbury, que morreu recentemente, em 6 de junho de 2012, ganhou nova edição pela Biblioteca Azul, selo de alta literatura e clássicos da Globo Livros, e atualização para a nova ortografia.

A singularidade da obra de Bradbury, se comparada a outras distopias, como Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, ou 1984, de George Orwell, é perceber uma forma muito mais sutil de totalitarismo, uma que não se liga somente aos regimes que tomaram conta da Europa em meados do século passado. Trata-se da “indústria cultural, a sociedade de consumo e seu corolário ético – a moral do senso comum”, segundo as palavras do jornalista Manuel da Costa Pinto, que assina o prefácio da obra. Graças a esta percepção, Fahrenheit 451 continua uma narrativa atual, alvo de estudos e reflexões constantes.

Fahrenheit 451 tornou-se um clássico não só na literatura, mas também no cinema. Em 1966, o diretor François Truffaut adaptou o livro e lançou o filme de mesmo nome estrelado por Oskar Werner e Julie Christie.



4. Realidades Adaptadas


Autor: Philip K. Dick

Ano: 2012 (edição atual)

Páginas: 304



Realidades Adaptadas | Philip K Dick
Foto: Divulgação



Cinema e literatura sempre andaram de mãos dadas. E quando o assunto é ficção científica, nenhum autor contemporâneo foi mais roteirizado do que Philip K. Dick, nem mesmo mestres do gênero como Isaac Asimov e Arthur C. Clarke. Pouco conhecido no Brasil por sua obra literária, Dick é um sucesso entre as plateias de cinema, que vai muito além de Blade Runner - O caçador de androides, ícone cult dos anos 1980 inspirado em um de seus romances.

A fim de lhe prestar o devido reconhecimento a esse extraordinário autor, Realidades adaptadas reúne, em uma edição inédita no mundo, os contos de Philip K. Dick que foram adaptados para a sétima arte, levando ao grande público os textos originais que inspiraram roteiristas e diretores a fazer seus filmes. Um convite à leitura ao entretenimento e a novas descobertas.

Os contos que inspiraram grandes sucessos do cinema: O vingador do futuroMinority ReportO pagamentoOs agentes do destinoO videnteImpostor e Screamers.

5. O Fim da Infância


Autor: Arthur C. Clarke

Ano: 1953 (edição original)

Páginas: 320



O Fim da Infância | Arthur C. Clarke
Foto: Divulgação



Em plena Guerra Fria, enquanto russos e americanos se preparam para a corrida espacial, imensas naves surgem sobre as principais capitais do mundo, revelando um dos grandes mistérios da humanidade: O homem não está sozinho no universo.

Seus ocupantes, chamados de Senhores Supremos, dominam a Terra de forma pacífica e melhoram substancialmente as condições de vida. A ignorância, a guerra e a pobreza deixam de existir, dando início a uma era de ouro. Porém, uma dúvida assombra a humanidade: quais seriam os verdadeiros objetivos dos Senhores Supremos? Até quando suas políticas iriam coincidir com o bem-estar dos homens? As respostas para essas questões podem revelar uma verdade aterradora.


   Já leram alguns desses livros? Gostam mais de trilogias/séries? Ou tramas em volume único? Me contem aí! 




14 comentários:

  1. Eu prefiro ler um livrão do que vários volumes, sem dúvida. Especialmente se todos os volumes ainda não foram lançados por aqui. Faz tempo que eu não leio uma boa distopia, adorei suas sugestões. Quero muito ler Fahrenheit 451, já que eu adoro o filme do Truffaut. Beijos :*

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    1. Super te entendo, viu? Já tive muita decepção por não saber o final de uma trama, pelo simples motivo de não ser totalmente publicada aqui no Brasil, =/. Eu nunca vi o filme sobre Fahrenheit, mas tenho bastante curiosidade.

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  2. Oi, Hanna! Como vai? Adoro distopia, embora ultimamente não tenha lido este gênero. Li FAHREINHEIT 451 e gostei bastante. Muito boa sua lista. Abraço!



    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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    1. Que bom que gostou da lista, Luciano. E sim, Fahrenheit é um livrão.

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  3. Oi!
    Distopia é um gênero que já li mais, mas atualmente é raro eu ler. Já li 1984, Admirável Mundo Novo e Fahreinheit 451 e o meu favorito é o primeiro!

    Beijão
    https://deiumjeito.blogspot.com/

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  4. Oie, a maioria já estavam na minha lista e a indicação me deixou ainda com mais vontade de conhecer.

    Bjs

    Imersão Literária

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  5. Olá, Hanna.
    Eu já prefiro séries, mas só começo quando tenho certeza de que a editora vai lançar todos porque já passei muita raiva com editoras que não terminam as séries. Dos citados eu li dois, 1984 que gostei bastante e Fahrenheit 451 que não gostei hehe.

    Prefácio

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    1. Compartilho da sua raiva, hehe. Menina, eu to atordoada até hoje com 1984, vou te contar, haha.

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  6. Oi Hanna, tudo bom?
    Eu lia bastante distopia quando era adolescente, aquela leva de séries como Divergente e Jogos Vorazes, depois, me afastei do gênero. Seria bom voltar com um volume único!
    beeeijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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    1. Ah, te entendo, haha. Sim, dá mais uma chance ao gênero, com volumes únicos. ;)

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  7. Oi Hanna, eu amei essa lista de distopias em volume único, acho muito bacana até porque atualmente nesse período que estou da minha vida eu estou optando por leituras um pouco menos densas e livros que eu consiga ler de forma mais fluida e rápida, anotei várias dicas do seu post.
    Beijos.


    https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/

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    1. Sim, com certeza um volume único chama mais atenção, né? Que bom que gostou da lista. =)

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