Olá meu povo, como estamos? Hoje trago mais uma resenha de conto "brazuca" por aqui, com uma mistura boa entre scifi e casos de família (rsrsrs). Com vocês, Os escritos de Elisa Barbosa, de Vitor Barra.
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Obs. Conto lido em parceria com a Confraria Crônicas Fantásticas.
71/24
Livro: Os escritos de Elisa Barbosa
Autor: Vitor Barra
Editora: Crônicas Fantásticas
Ano: 2021
Páginas: 69
Miguel encontra uma série de páginas escritas pela sua falecida avó que contam uma história sobre o passado de Elisa.
Miguel está reunindo as coisas de sua falecida avó Elisa. Em meio aos objetos, que são uma verdadeira volta no tempo, até os idos da década de 1950, ele encontra umas páginas guardadas com muito carinho, como se fossem um diário.
Seu avô, João, avisa que Elisa lhe fez prometer nunca ler as tais páginas e o mesmo deveria se aplicar ao restante da família.
Mesmo com a promessa, Miguel leva as páginas para casa, como uma espécie de herança. Mas sua curiosidade fala mais alto, e Miguel pode fazer grandes descobertas sobre seu passado, que seriam dignas de muito filme clássico.
Depois de algumas leituras maçantes, estava precisando de algo mais leve e que me levasse a viajar junto com os personagens.
E que presente o autor me deu com Os escritos de Elisa Barbosa!
Miguel sempre ouviu que seus avós moraram em Salvador a vida quase toda, ela professora e ele um pedreiro de talento.
O que não seria nada demais, afinal eram pessoas normais vivendo vidas normais. Mas, como você ficaria se descobrisse, de uma maneira bem bizarra, que seu passado pode ser uma mentira, que daria um prato cheio para muito teórico da conspiração?
É assim que Miguel fica ao ler as páginas do diário de sua avó. Pelo fato de ela ter sido professora, aquilo poderia muito bem ser umas páginas de um livro que estava escrevendo, deixando sua criatividade correr solta pelo papel.
Mas os relatos de Elisa são tão criativos e, ao mesmo tempo tão surpreendentes, que Miguel o tempo inteiro se pergunta o que é real em sua vida, e o que é mentira.
O leitor também se faz essas perguntas o tempo inteiro, conforme Elisa descreve parte de seu passado.
E que passado! O tempo todo, me via mergulhada num misto de filme de espionagem com filme de ficção científica.
A escrita fluida do Vitor me ajudou a me ambientar ainda mais nos cenários, me vendo junto com Elisa e João, ainda jovens, possivelmente vivendo uma vida mais extraordinária que Miguel jamais esperaria encontrar um dia.
São poucas páginas, com um final aberto, que te dá aquele que de "vai ter mais? Preciso de respostas!" que eu, particularmente, amo!
Amei esse conto, que me caiu como uma luva, inclusive, que me salvou de entrar em ressaca literária no final do ano.
A capa foi a minha favorita, com aquele toque noir que eu me amarro, e uma Elisa bem no estilo espiã, o que nos deixa ainda mais em dúvida sobre seus diários, se eram realmente diários, ou apenas fruto de uma mente criativa.
Espero, de coração, que tenha continuação dessa história, pois amei saber sobre a Elisa e seu passado, completamente diferente de uma velhinha tranquila (ou não, rsrsrs).
Olá, Hanna.
ResponderExcluirEnquanto você ama esse tipo de final, eu odeio. E se já sei que vai acabar assim nem começo a ler hehe. Mas fiquei curiosa com a história dela hehe.
Prefácio
Te entendo, viu? hahah
ExcluirMas se ficou curiosa, recomendo. ^^