Olá meu povo, como estamos? Hoje temos resenha de mais um episódio da
antologia ‘Tudo Fica Melhor em Musicais’. Dessa vez, trago minha opinião sobre
‘Andante, Andante’, um conto inspirado no espetáculo ‘Mama Mia’.
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
24/60
Livro: Andante Andante!
Autoria: Eduardo Tadeu
Editora: Se Liga! Editorial
Ano: 2021
Páginas: 24
Quando os rumores de um terceiro filme de ‘Mamma Mia!’ começaram a
surgir, Stefano Waterloo não levou muita fé. Embora acreditasse que a franquia
poderia ter tantos filmes quanto ‘Velozes e Furiosos’, ele não queria correr o
risco de se decepcionar depois de ter criado expectativas imensas.
Pouco tempo depois, quando lançaram um sorteio superespecial entre os
fãs, ele soube que os rumores eram verídicos. O prêmio? Um casamento na ilha
onde o primeiro filme fora gravado. E embora Kaique e ele não fossem noivos e
tampouco tivessem pretensão de se casar, ele decidiu que seria uma boa ideia
inscrevê-los. Afinal, competindo com casais do mundo inteiro, quais seriam as
chances?
O destino, é claro, tinha seus próprios planos e estava pronto para
promover um furacão de dúvidas e incertezas dentro dele.
Stefano Waterloo não tem esse nome à toa. Seus pais são fãs assumidos de
‘Mama Mia!’ e não perderam a oportunidade de batizar o filho dessa forma logo
que nasceu. A paixão pelo espetáculo parece ser passada geneticamente, pois o
rapaz compartilha do sentimento e até sabe as músicas e cenas de cor.
Agora, já crescido, o amor pela obra mudou pouco. Muito pelo contrário,
ainda mais agora que o rapaz tem um namorado com quem dividir os surtos ao
saber que teria um novo filme da franquia. Kaíque (ou Kai, para os mais
íntimos) é um garoto super apaixonado por Stefano e está sempre apoiando seus
sonhos.
Numa dessas, eles se inscrevem para um concurso valendo uma viagem até o
país onde estão sendo feitas as gravações. O requisito obrigatório? Deveriam
ser noivos. O que o casal nem ligou, pois já contavam que seriam apenas mais
dois na multidão de candidatos.
Porém, a sorte sorriu para eles e agora precisam concretizar o
matrimônio num paraíso. A questão é: Stefano e Kai estão prontos para isso?
“Estamos aqui por um motivo. Não se ganha oportunidade dessa magnitude
sem nenhuma explicação.”
Estou lendo os contos desta antologia aos poucos, para aproveitar ao
máximo cada tema. Além disso, acho que são ótimas saídas em momentos de
leituras muito densas e ressacas literárias. Fora a chance de conhecer um pouco
de cada musical famoso abordado neles (rsrsrs).
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Aqui, tudo gira em torno de ‘Mama Mia!’, uma franquia bem conhecida (mas
que eu só conheço umas músicas aleatórias. Shame!). A narrativa é em terceira
pessoa, pelo ângulo de Stefano.
Ele é um rapaz que seria um de meus grandes amigos se fosse no mundo
real. É simpático, gente boa e não tem vergonha alguma de dizer o quanto ama o
espetáculo que deu origem ao seu nome.
Filho de um casal gay, Ste não
tem medo de assumir seus sentimentos por Kaíque, com quem namora há dois anos.
Tanto os pais quanto o namorado dão total apoio aos sonhos do garoto, que não
se aguenta de ansiedade ao saber dos rumores sobre um novo filme da franquia
‘Mama Mia!’. Se torna maior ainda ao saber do concurso que vai levar um casal
felizardo para realizar o matrimônio no local das gravações.
A ideia de viajar e conhecer, não apenas um país paradisíaco da Europa, mas
também o estúdio do musical, é maravilhosa. Entretanto, Stefano sabe que não
deve criar tantas expectativas. Afinal, quem é ele na fila do pão, diante de
tantos outros fãs ao redor do planeta? Além disso, um dos requisitos seria que
o casal deveria estar noivo para concorrer. Coisa que ele e Kai mentiram, só para
se inscrever.
No entanto, o destino conspira a favor (ou não) deles. Isso porque são
os escolhidos para embarcar rumo ao Velho Mundo com tudo pago, inclusive um
casamento que não estava nos planos. Embora a família tenha recebido bem a
ideia, Stefano entra em parafuso.
“E eu quero saber qual é o nome do jogo. Porque, no momento, ainda não
estou certo sobre minha próxima jogada.”
Tudo aconteceu muito rápido e o que era para ser apenas uma brincadeira
agora está a poucos passos de se tornar real. O rapaz fica cada vez mais inseguro
e começa a repensar seus atos. O que é perfeitamente normal para qualquer
pessoa diante de uma situação como essa (eu acho, pelo menos).
Casamento é coisa séria e traz uma responsabilidade muito grande. Kaíque
parece não se preocupar com isso, o que faz seu noivo ficar cada vez mais
nervoso. Assim, acompanhamos suas reflexões, bem como ensinamentos que ele
descobre ao longo da viagem.
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
O desfecho é previsível e fofo, assim como o conto inteiro. A escrita
fluida do autor e o protagonista que cativa o leitor logo nos primeiros
parágrafos também ajudaram um bocado.
No entanto, mesmo ciente de que seria uma
leitura curtinha, senti falta de mais algumas páginas para amarrar melhor as
pontas. A não ser isso, adorei a trama e terminei a leitura sentindo saudade
dos personagens.
“A vida é feita de riscos,
mas não precisa necessariamente ser feita de arrependimentos.”
Falando sobre a obra em si, gostei bastante da diagramação e da capa,
que segue o padrão da antologia. A revisão está bem feita, com a fonte legível e
confortável à leitura.
Vocês já leram algum conto de ‘Tudo Fica Melhor em Musicais?’. Gostam de
obras baseadas em espetáculos desse tipo? Me contem nos comentários.
Obs.: Texto revisado por Emerson Silva
Amei conhecer esse livro e a escrita da autora eu quero conhecer em breve. O livro parece que trouxe temas bem bacanas de serem lidos, temas que eu gosto.
ResponderExcluirBeijos.
https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/
Que bom que gostou, Vanessa, =)
ExcluirOi, Hanna! Tudo bem? Particularmente gosto bastante de contos. Este aí parece ótimo, né? Que bom que curtiu. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Sim, é muito amorzinho e recomendo, viu?
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