Olá meu
povo, como estamos? Hoje trago a tão esperada continuação (ao menos por mim,
hehe) de um romance globalizado.
Com vocês, ‘Meu Crush de Nova York 2 – O Amor Pede Passagem’, da autora nacional
Raffa Fustagno.
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Obs. Pode conter spoilers do primeiro volume.
14/24
Livro: Meu Crush de Nova York 2 - O Amor Pede Passagem
Autora: Raffa Fustagno
Editora: The Gift Box
Ano: 2021
Páginas: 255
Charlotte e Ethan estão de volta.
Após a ida dele para o Brasil, Charlotte repensa seu relacionamento. Sim, ela finalmente acredita que tem um, mas não quer abrir mão de seu trabalho, que também ama. Para isso, terá que aprender a frear mais ainda suas inseguranças, aprender a equilibrar seu tempo a refazer seus planos. O que ela não sabe, e nem ele, é que o destino pode ajudar a manter esses dois perto um do outro. Afinal, Nova York não é Las Vegas, e o que acontece em Nova York não fica só em Nova York, mas eles aprenderão isso juntos, embalados com muita trilha sonora e inspirados em muitas cenas que amamos.
Depois do
final emocionante, a la contos de
fadas em ‘Meu Crush de Nova York’,
Charlotte e Ethan não poderiam estar mais felizes. E não era para menos.
A mãe de
Charlotte conseguiu dar a volta por cima na vida amorosa e superou a separação.
A mocinha conseguiu um novo emprego, numa empresa importante e Ethan veio até o
Brasil atrás dela, para declarar seu amor. Mais cara de filme, impossível!
Mas
Charlotte, por mais que esteja vivendo um sonho, sabe que a vida continua
depois do “felizes para sempre”.
E, se quiser viver esse amor com Ethan, terá
que superar muita coisa pelo meio do caminho.
"O lugar mais seguro do mundo. É assim que quero que pense sempre que estiver em meus braços."
Como eu
esperei por essa sequência! Me apaixonei pela história à primeira vista e, com
a continuação, não seria diferente.
Se antes a trama se passava pelos pontos
turísticos de Nova York, agora temos um cenário mais tropical.
Isso porque
Ethan veio ao Brasil, para se declarar pessoalmente para Charlotte. Junte isso
à emoção de viajar de avião pela primeira vez na vida (além da primeira viagem
internacional do rapaz) e temos um turista apaixonado em dose dupla.
Do mesmo
jeito que ele foi seu guia quando esteve em Nova York, agora é a vez de
Charlotte retribuir e ajudar seu amado a passear pelas “terras tupiniquins",
ainda que seja por apenas uma semana.
E assim
partem os dois pela “Cidade Maravilhosa”. Mantendo a narrativa em primeira
pessoa, vemos as coisas pelo ângulo de Charlotte.
A mocinha não é do tipo que
ama muito a cidade onde vive, por n motivos.
É até
engraçado ver o quanto ela fica admirada com as reações de Ethan a cada parada
que fazem. Isso porque, enquanto o rapaz está apaixonado pelo Brasil e por toda
a cultura e beleza que pode oferecer, mesmo que seja em lugares mais clichês,
como a praia de Copacabana e o Cristo Redentor, Charlotte percebe que mal
conhece a própria cidade e tem até dificuldades de retribuir o favor de Ethan
enquanto esteve na cidade dele.
Mantendo a
escrita fluida e levinha, foi impossível não se transportar para os lugares
onde passeavam.
E, como moradora da “Cidade Maravilhosa”, foi até nostálgico
ver que o casal mais lindo da literatura visitava exatamente os lugares que eu
mais amava ir antes da pandemia, como o Theatro Municipal, o CCBB e até a praia
do Leme.
Como a Raffa
também é daqui, tinha propriedade para descrever com detalhes alguns lugares
cariocas.
O que me deu a sensação de familiaridade e, mesmo se nunca tivesse
morado na cidade, teria visitado os pontos do mesmo jeito, pela imaginação.
A autora não
economizou detalhes e falou sem medo, tanto das partes boas, quanto das ruins
sobre o Rio de Janeiro, o que foi um ponto bastante positivo, aliás.
Isso
porque tira aquela ilusão de que a “Cidade Maravilhosa” é perfeita, mas ainda
tem motivos mais do que suficientes para encantar qualquer um quando menos se
espera.
Assim como
no primeiro volume, a leitura me deu um toque de familiaridade.
Talvez por
manter o estilo da narrativa e já conhecendo a autora pessoalmente, ainda não
consigo imaginar a Charlotte narrando os fatos, mas tenho a sensação de ser a
própria Raffa lendo o livro em público.
O que continua não sendo ruim, muito
pelo contrário.
Ri litros ao
ler as cenas de Charlotte e Ethan passeando por aqui.
Em especial nas partes em
que ela reclamava mentalmente por alguns pequenos detalhes, que só quem está na
portinha da casa dos 30 (ou no meu caso, já passaram da porta), entende.
E é
impossível não querer dar um abraço em solidariedade à coitada da protagonista,
ainda mais se for uma leitora que também tenha conhecimento de causa.
A única
coisa que não gostei muito foi a forma como a diferença de idade dos dois era
retratada.
Tudo bem que
o rapaz era mais novo, só que nem era tão gritante assim e Charlotte agia como
se ela fosse uma velha idosa e ele uma criança de vez em quando.
Por mais que
tenha sido engraçado em alguns momentos, para uma mulher bem resolvida, acho
que ela poderia desencanar um pouco desse detalhe.
Apesar de não gostar, não
foi algo que incomodou na experiência de leitura em si.
Porém, se já
tinha notado isso antes, aqui tive a certeza de que ‘Meu Crush de Nova York’ não tem o gosto dos filmes e livros clichês de
comédia romântica, onde tudo é um eterno comercial de margarina. Charlotte é
uma personagem bem construída, bem madura e uma das minhas favoritas.
Finalmente
ela conseguiu o emprego que tanto esperava e está se adaptando à nova rotina no
Brasil. Mesmo que Ethan esteja aqui também e as coisas pareçam um sonho do qual
não quer acordar, ela sabe que os boletos precisam ser pagos no final do mês e
amor não enche barriga.
"Não, não foi pesadelo. Foi a realidade, e ela às vezes assusta mais do que qualquer filme de terror."
Além disso, logo o rapaz vai ter que voltar para Nova
York e assumir os compromissos que deixou para trás.
Ver como
eles lidam com tudo isso, de maneira compreensiva e madura, mas sem deixar de
sonhar, rendeu vários pontos.
"Como faz para ligar esse tal de destino e assistir logo ao último capítulo e saber se tem final feliz?"
Até porque estão vivendo um relacionamento à
distância. Apesar de ser algo frequente nos dias de hoje, especialmente com a
tecnologia, muitos ainda associam a uma espécie de contos de fadas do mundo
moderno.
Então, ver
como Charlotte e Ethan lidam com isso rende alguns questionamentos
interessantes, até por ser algo bem atual.
Também, achei bem legal que a autora
manteve uma linha do tempo próxima do presente.
Assim,
alguns acontecimentos importantes dos últimos tempos acabaram entrando na
trama. Mesmo que tenha um clima de “contos de fadas”, diante de algumas
reviravoltas previsíveis na vida de Charlotte, ver como o casal encarou os
fatos da atualidade deixou a trama com mais pé no chão.
Fora que os personagens se mostraram mais “gente como a
gente”, que tem seus problemas diários e precisam lidar com isso, sem precisar
desligar o botão da responsabilidade para viver seus sentimentos.
Isso só me
fez ficar ainda mais encantada com a leitura.
Outra coisa
que chamou atenção é que, se não me engano, esse é o primeiro livro onde a
autora se aventurou por cenas mais hot.
Mesmo avisada por ela, ainda estava com o pé atrás, por não ser o estilo de
leitura que me atrai.
No entanto,
posso dizer que ela começou com o pé direito, pois as cenas foram bem dosadas
na trama, sem ficarem vulgares, nem desnecessárias.
Além disso, por mais
apaixonados que estivessem, os pombinhos tinham mais o que fazer também. E
adorei isso, pois manteve a narrativa fluida, sem ficar forçada e não me
incomodou.
O desfecho é
no clima de “quase final feliz, mas aguarde cenas do próximo capítulo para
confirmar”. De acordo com a autora, teremos mais um episódio de Charlotte e
Ethan, o que me deixa mais ansiosa para saber como tudo vai se resolver.
O livro
segue a mesma linha do primeiro volume, dessa vez em tons de verde. Amo o
detalhe das letras que formam o título em alto relevo, assim como a diagramação
ao longo do livro.
A revisão está de parabéns e nem preciso dizer que já montei
uma nova playlist com os filmes,
séries e músicas citados pelo casal.
‘Meu Crush de Nova York 2’ é um romance leve,
divertido e tem umas pitadas de realidade, onde ninguém é perfeito, mas nem por
isso deixam de viver um grande amor.
Além disso, foi uma leitura maravilhosa,
que recomendo, especialmente se, assim como eu, você também procura sair de uma
ressaca literária.
E aí, já leram algum outro livro da autora? Curtem romances com esse pé na realidade? Me contem aí! 😉
Obs. Texto revisado por Emerson Silva
Oi!
ResponderExcluirJá li um livro da Raffa Fustagno (o "Minha Novela Turca"), mas não conhecia essas histórias, que bom que a história tem clima de comédias românticas e com um bom desenvolvimento de personagem.
Beijão
https://deiumjeito.blogspot.com/
Ela tem vários outros livros. E são nessa mesma pegada, recomendo =)
ExcluirOi, Hanna! Como vai? Parece um romance gostoso de ser lido, não é mesmo? Que bom que gostou. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
É sim Luciano =)
ExcluirOie, sinto que sempre que acabo de ler um livro pesado, preciso de algo leve e nesse estilo para equilibrar haha. Gostei da dica.
ResponderExcluirBjs
Imersão Literária
É uma ótima sugestão, aliás, haha
ExcluirOi Hanna! Já havia visto o livro, mas a sua resenha é a primeira que leio. Gostei da premissa da história e sempre quis ler algo da autora. Vou conferir assim que possível. Bjos!! Cida
ResponderExcluirMoonlight Books
Sério? Que legal! =)
ExcluirNo momento estou mais na vibe de livros de autodesenvolvimento, mas tenho certeza que eu daria uma chance para esse romance por ter um pouco de comédia. Deve ser bom ler num romance, cenas de lugares da cidade que a gente conhece tão bem.
ResponderExcluirBjus!
galerafashion.com
Te entendo. E sim, é muito bom ler um romance em uma cidade que conhecemos, parece até que somos amigos dos personagens, hehe.
ExcluirMais uma sugestão que vou levar!
ResponderExcluirObrigada pela partilha!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Espero que goste da leitura =)
ExcluirOi, Hanna. Eu acho que iria me identificar muito com a história porque meu relacionamento também é a distância, e é muito complicado namorar assim. Requer mais paciência e um esforço muito grande de ambas as partes. Sempre vejo os livros da Raffa por aí, mas nunca li nada dela. Talvez seja a hora de começar ;)
ResponderExcluirBeijo!
https://www.capitulotreze.com.br/
Sério? Nossa, que coincidência então. ^^ Com relação aos livros da autora, é uma leitura que recomendo, viu?
ExcluirOlá, Hanna.
ResponderExcluirEu li o primeiro livro e gostei bastante apesar de achar a protagonista meio chata hehe. Mas uma coisa que chamou muito a minha atenção foi o cenário. A autora leva a gente para uma viagem e a vontade é correr lá conhecer todos os lugares citados. E esse ponto aprece ter se repetido nesse segundo livro.
Prefácio
Ah, ela é meio chata no primeiro volume mesmo, hehe. Mas depois melhora, confia, ^^.
ExcluirE sim, o lance da cidade se repetiu no segundo volume e foi maravilhoso, em especial por morar aqui, hehe.