Olá meu povo, como estamos? Hoje eu trouxe a resenha de um livro que achei muito por acaso no Kindle Unlimited, mas que prometia ser minha zona de conforto, por falar de dois personagens que gosto muito, Sherlock Holmes e Professor Moriarty.
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
55/24
Livro: Moriarty
Autor: Anthony Horowitz
Editora: Record
Ano: 2015
Páginas: 350
Sherlock Holmes e Moriarty estão mortos, e as únicas testemunhas são as cataratas de Reichenbach. Como forma de agradecimento pelos serviços que o maior detetive do mundo prestou à instituição, a Scotland Yard envia Athelney Jones, inspetor e grande admirador das técnicas de Holmes, à cidadezinha suíça de Meiringen. O que ele não esperava encontrar lá era o detetive norte-americano Frederick Chase, que traz um novo caso à tona.
Antes do confronto com o rival, Moriarty estava prestes a se encontrar com um gênio do crime do outro lado do Atlântico, uma figura tão misteriosa quanto o próprio professor. Porém, agora que o arqui-inimigo de Sherlock Holmes está morto, o caminho fica livre para esse criminoso ampliar seus negócios, e resta a Jones e Chase desvendar sua identidade e seus planos antes que seja tarde demais.
Londres nunca mais foi a mesma desde que aconteceu o terrível acidente que matou o Professor Moriarty, um dos criminosos mais misteriosos e mais procurados... e também o detetive consultor, Sherlock Holmes.
Mas algumas pistas do que aconteceu com eles parecem estar ligados ao desaparecimento de Jonantham Pilgrim, um detetive da Agência de Detetives Pinkerton, dos Estados Unidos, num clube privado chamado Mayfair, em Londres.
O que ele estava investigando tão longe de sua jurisdição? O que isso tinha a ver com Sherlock Holmes e Moriarty, que aparentemente, nunca estenderam tanto assim seus tentáculos pelo mundo?
O caso parece mais sombrio e misterioso a cada pista, e cabe aos detetives Altheney Jones, da Scotland Yard, e Frederik Chase, da Agência de Detetives Pinkerton, desvendarem esse caso, antes que mais pessoas desapareçam.
"Uma maré maligna atravessou nosso caminho. Devemos combatê-la antes que nos esmague."
Descobri esse livro muito por acaso, no catálogo do Kindle Unlimited. Quando vi que teria uma relação com Holmes e Moriarty, fiquei logo curiosa e, como fã que sou, tratei logo de pegar o livro e até passei na frente de muitos outros da fila.
Narrada em primeira pessoa, vemos os acontecimentos pelos olhos de Chase, que chega em terras desconhecidas, atrás de seu colega de trabalho, desaparecido há um tempo.
O caso, que até então só deveria ser de jurisdição da Pinkerton, acabou tomando uma proporção maior, quando os fatos que levaram ao desaparecimento de Pilgrim parecem ter a ver com o famoso e sombrio acidente que deu cabo da vida de Moriarty e Holmes recentemente.
Com Holmes supostamente morto, Chase só poderia contar com o detetive Altheney Jones, representante da Scotland Yard, para lhe ajudar.
Juntos, eles acabam formando uma bela dupla de parceiros, que vão investigando todas as pitas e sem perder o objetivo.
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
A leitura é relativamente leve, fluida, ao mesmo tempo que movimentada, já que temos um caso a la Sherlock Holmes, ainda que ele tenha sido dado como morto.
Mas ainda não sei se usar personagens tão marcantes foi uma boa ideia do autor.
"Esbarramos em algo realmente extraordinário aqui, meu amigo. O próprio Holmes teria se divertido com isto [...]."
Ao longo da leitura, percebi partes de 'Um estudo em Vermelho' e 'O signo dos quatro'. Aliás, para quem não sabe, Altheney Jones é o detetive super atrapalhado que Holmes e Watson conhecem ao investigarem o mistério em 'O signo dos quatro'.
No original, temos um Jones super atrapalhado que ainda não sei como descolou o emprego que tinha.
- Leia também: Um estudo em vermelho
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Já em Moriarty, Jones parece ter tido umas aulas de dedução com Holmes após o incidente e ficou um tanto mais esperto.
Mas o que poderia ser uma espécie de redenção para o personagem acabou ficando um tanto forçado, a cada hora que eu via Jones se sentindo o herdeiro de Holmes, sendo que eu não vi nenhum testamento, nem memorando, alegando que ele teria passado o cargo dele para um sucessor. 😒
Mas o comportamento de Jones era tão repetitivo com relação a isso, que chegava a beirar obsessão de um fã por uma celebridade.
E era tanto, que deixou de ter o ar de mistério que eu via em Holmes, para ver um comportamento obsessivo, compulsivo e até caricato, sem necessidade.
Além disso, o tempo todo o leitor é lembrado que Sherlock Holmes morreu... sendo que logo na capa somos avisados disso.
"[...] É como ler um livro em que os capítulos foram publicados na ordem errada ou cujo autor se esforçou deliberadamente para confundir os leitores."
Mas parece que somos testados pela nossa memória com a informação tantas vezes, que se tornou cansativo depois de um tempo.
Fora que Jones perdia tanto tempo se dizendo herdeiro de um cargo que ninguém lhe ofereceu, que qualquer pessoa o fazia de besta e ele nem via, assim como Lestrade... o que mostra que ele não deve ter prestado muita atenção nos talentos de Sherlock Holmes como pensava.
Quem salva a dupla é Chase, que aqui parece fazer as vezes de Watson, como o narrador e espectador dos acontecimentos.
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
A ideia teria sido boa, se não passassem quase o livro inteiro falando o quanto Watson era isso ou aquilo, como uma espécie de alfinetada nos livros originais.
Confesso que me senti incomodada com isso, pois a personalidade de Holmes e Watson é criação de outro autor, completamente diferente, em uma época completamente diferente.
Ainda assim, foi uma combinação que fez sucesso por um motivo. Se vem outro livro querendo se inspirar nos personagens, dar uma nova roupagem a eles através de uma releitura, ok.
Mas o que eu vi aqui foi uma oportunidade de alfinetar os personagens, como se fosse uma fofoca de esquina, já que os personagens não estavam lá para se defender.
A leitura até fluiu bem, mas se tornou arrastada quando percebi esses detalhes ao longo da trama, que me incomodaram.
Apesar da decepção ao longo da leitura, o mistério tinha um certo charme e acabei lendo até o final, o que valeu a pena.
- Leia também: O signo dos quatro
O desfecho é digno e satisfatório em relação ao mistério que vinha se formando ao longo do livro. Assim como nos livros de Holmes, ninguém é o que parece ser e todos são suspeitos.
Vim teorizando várias coisas ao longo da trama e acabei acertando com minhas suspeitas, apesar de que não esperava pela reviravolta como aconteceu, então ainda teve uma certa emoção aos 45 do segundo tempo.
Mesmo sendo incômoda por causa da sensação de fofoquinha literária, a leitura de Moriarty foi legal em partes.
Vi mistério, um plot maneiro (embora meio óbvio) e todas as pontas foram amarradas, deixando um final fechado, porém com aquele clima de "e se..." que pode dar gancho para uma continuação.
Achei curioso também que, ao final, temos uma espécie de homenagem aos personagens de Conan Doyle, com um conto original do autor, onde podemos ter um gostinho de Holmes e Watson em seus momentos de glória. Mas confesso que não vi muita conexão com o que a trama trouxe...
Com relação ao livro em si, eu achei a capa simples, porém objetiva, com o nome do título logo em evidência e uma parte do mistério logo revelada, para chamar atenção do leitor.
A diagramação também está bem legal, com uma revisão bem feita.
Porém, apesar de ter sido uma leitura bem dentro da minha zona de conforto, não foi como eu esperava, então não vai levar nota máxima dessa vez, infelizmente.
Mas, se você curte um mistério, ainda pode ser um bom livro para você, com uma escrita fluida e ágil. Tanto o exemplar físico quanto digital estão disponíveis no link abaixo.
Oi, Hanna. Como vai? Particularmente gosto bastsnte das obras do autor. Este livro eu ainda não li, contudo tenho certa curiosidade em ker esta obra. Adorei a resenha. Abraço!
ResponderExcluirÉ, para uma primeira impressão, eu não curti muito. Mas como ouço muitos comentários positivos sobre o autor, talvez eu dê uma segunda chance algum dia.
ExcluirOi Hanna
ResponderExcluirAcho que ainda não li "O signos dos 4". Na verdade lembro que li outro livro além de "Um estudo em vermelho" e "O cão dos Baskerville" , mas não recordo qual era o título. Tenho que olhar minhas anotações!
Parece ser um livro bem interessante principalmente para quem ama esse universo do Sherlock Holmes.
Eu sou tão leiga que nem conheço o famoso Moriarty ainda , haha
Amei a resenha
Beijos
https://mundinhoquaseperfeito.blogspot.com
Sério Babi, então recomendo as aventuras originais do detetive consultor, vai ter uma visão completamente diferente, haha.
ExcluirOi Hanna,
ResponderExcluirParticularmente, não seria um livro que chamaria minha atenção a primeira vista, assumo. Mas entendo quando você diz que começou com uma expectativa e terminou com outra, rs. Acho que minha última leitura assim foi "A Livraria dos Achados e Perdidos", rs.
beeeijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Então, esse era um livro que estava a fim de ler também. Já vou sem expectativas com ele, pelo visto. Valeu pelo aviso, haha.
ExcluirOlá, Hanna.
ResponderExcluirSe eu não me engano, já li um livro desse autor. Eu tenho um nervoso quando pegam personagens famosos e mudam suas características ou ficam criticando assim. Vide os livros da Sophie Hanna fingindo ser a Agatha. Mas que bom que no final a nota ainda foi alta.
Prefácio
Eu fico bem chateada quando vejo isso também. É ok usar um personagem clássico e fazer uma releitura, mas quando fica claro que é uma alfinetada, fica estranho, parece até fofoca literária... =/ Eu tenho um da Sophie Hanna aqui, acho que agora entendo o motivo de você não curtir o livro dela também.
ExcluirOlá, Hanna. Achei bacana como o livro traz dois personagens que você gosta muito. Em se tratando de Sherlock Holmes e Moriarty. Eu curto me aventurar em livro que prometam me tirar da zona de conforto também. E sim, eu já comecei a ler um livro com certa expectativa e depois terminei com outra totalmente diferente! Gostei de conferir as suas considerações sobre esse título aqui, além das suas opiniões.
ResponderExcluirQue bom que gostou. ^^
ExcluirPor vezes, isso também acontece comigo, pego um livro por causa de uma temática ou um personagem que me atrai e passo na frente hehehe não conhecia a aobra, mas esse lance de fofoquinha literaria me deixou de orelha em pé, de qualquer forma, quero me aventurar.
ResponderExcluirPois é, essa sensação de fofoca literária é um ponto negativo, mas se ler, depois me fala o que achou?
ExcluirAlguém é muito fã de Sherlock, né? Adorei! Eu também sou, mas confesso que faz tempo que leio algo dele, ano passado reli Um estudo em Vermelho! Eu tenho esse livro aqui, mas nunca li, acabei ficando muito sem tempo e isso prejudicou muito. Pena que não foi 100% positivo pra ti!
ResponderExcluirEntão... me entreguei... hahah
ExcluirPois é, a leitura não foi de todo agradável, mas valeu a experiência... rs
Olha só. Comecei a ler sua resenha e fui criando uma expectativa. Já queria ler também. Sou muito muito fã de Sherlock. E gosto muito desse fase que envolve a "morte" ele e Moriarty.
ResponderExcluirConforme "andei" na sua resenha percebi que essas coisas que te incomodaram também possivelmente, me incomodarão. hahahaha
Agora estou na dúvida se quero ler. Embora esteja curiosa com o que esse autor aprontou no fim das contas.
Bom, veremos!!!
Grande abraço
Eu acho que vale a pena ler, sem expectativas, mesmo com as ressalvas, hehe.
ExcluirOi Hanna, tudo bem? Lembro de ouvir sobre o detetive desde o colégio mas não sei porque nunca tive oportunidade de ler nenhum dos livros. Recentemente descobri a série e assisti a primeira temporada e o início da segunda mas acabei deixando de lado. Nem sei porque... Gosto de mistério, suspense, histórias policiais, imagina ter que investigar essas mortes? Surreal! Interessante no decorrer da história fazer menção a outros livros do autor. Já me indicaram Um estudo em vermelho (está na minha lista). Já o outro não conheço mas já tomei nota. Quando lemos muito um mesmo gênero é mais fácil acertar o final aí acaba se tornando previsível. Faz parte. Eu ainda erro bastante, então preciso de mais experiência haha Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirEu super recomendo, tanto Um estudo em vermelho, quando O signo dos quatro, acho que você vai gostar. ^^ E sim, é complicado quando o final se torna previsível, mas faz parte, né?
ExcluirÉ muito triste quando o livro começa a se arrastar e acaba deixando a desejar. Não sou particularmente fã do Watson, mas acho que me incomodaria alguém falando assim também, mas, de resto, você parece ter gostado do livro, vou ver se dou uma chance!
ResponderExcluirSe ler, me conta o que achou?
Excluiruma obra que poderia ser excelente sem essa necessidade do autor de se provar por meio da desqualificação do clássico ao qual se inspira u.u
ResponderExcluirConcordo, viu? Não precisava levar por esse lado a obra... =/
ExcluirNossa, sim, já aconteceu comigo e eh me frustrar total com a leitura.
ResponderExcluirNão conhecia esse título mas confesso que não fiquei muito animada pra ler..😔 acho que tenho uma visão mto nítida de holmes e Watson, acredito que ficaria atordoada com as críticas aos dois. .
Tschuss
Te entendo, viu?
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