Olá meu povo, como estamos? Hoje vou falar de um filme já "antigo", mas que só vim ter a chance ver agora pelo Netflix: O juiz.
Foto: Divulgação |
Ficha técnica
Filme: O juiz
Gênero: Drama
Ano: 2014
Duração: 2h21min
País: EUA
Advogado de muito sucesso, Hank Palmer (Robert Downey Jr.) volta à cidade em que cresceu para o velório de sua mãe, que há muito não via. É recebido de forma hostil pela família e resolve ficar um pouco mais quando seu pai, veterano juiz, é apontado pela polícia como responsável pela morte de um homem que condenou há vinte anos. Mesmo não se entendendo com o pai, Hank debruça-se sobre o caso, mas os dois não conseguem conviver amigavelmente e a possibilidade de condenação aumenta a cada revelação.
Hank Palmer é um advogado de defesa de muito sucesso. Trabalha num grande escritório, defende ricos e poderosos, e também tem muitos inimigos por onde passa.
Os promotores o odeiam, pela forma mesquinha e egoísta que age com todo mundo, seja nos tribunais ou fora deles.
É um homem rico e poderoso, mas tudo parece mudar quando recebe a notícia do falecimento da mãe, que o faz voltar por uns dias até sua cidade natal.
Hank é filho do juiz Palmer, um homem conhecido na cidade por ser um homem simples, gentil, justo e honesto, completamente o oposto do filho.
Mas quando Hank chega, encontra não apenas uma cidade de luto, mas também desconfiada da justiça de seu pai, que é o único suspeito de um assassinato brutal, no qual a vítima era um dos presos que ele decretou a soltura há pouco tempo.
Hank quer ajudar o pai a todo custo, mas vai acabar esbarrando em segredos de família bem dolorosos.
Eu só vim conhecer esse filme há uns dias, quando vi no catálogo do Netflix. Fiquei curiosa, pois até então só conhecia os trabalhos de Robert Downey Jr. como o lendário Homem de Ferro e como uma das adaptações de Sherlock Holmes.
Sempre ouvi comentários de que ele só sabe interpretar ele mesmo nos filmes, o que deixava seus personagens bons, porém já previsíveis.
Eu pude conferir isso tanto em Homem de Ferro quanto em Sherlock Holmes. Foram boas atuações, mas em Sherlock Holmes eu só vi um Homem de Ferro antes de conhecer a tecnologia para a armadura, já que a personalidade era a mesma...
Em O juiz eu já esperava algo desse tipo, ainda mais com o que vemos do personagem logo do começo.
Hank é um cara que seguiu os passos do pai, se formou em Direito numa boa universidade, se formou com louvor e é um ótimo profissional.
Mas a carreira acabou subindo muito à cabeça dele, o que o fez se dedicar mais aos casos que defendia, do que à própria família.
O casamento faliu, seus pais mal o viam, os irmãos não se dão muito bem. Ele só sabe dar atenção para a filha, pois ele parece querer compensar todos os erros do passado com ela.
Quando volta para o interior, para o enterro da mãe, Hank vê todos os seus fantasmas voltarem para assombrá-lo. As namoradas que deixou para trás, os irmãos que agora tem que ver novamente... e o pai, com quem só sabe trocar faíscas e nunca deu sequer um abraço.
As coisas parecem só piorar, quando a polícia chega na porta do pai dele, pedindo que ele vá à delegacia, para prestar depoimento sobre o falecimento do cara que ele soltou uns dias atrás.
Hank sempre achou que tinha algo errado nas atitudes do pai com relação a várias coisas, e está cada vez mais desconfiado de que ele seja mesmo culpado do assassinato.
Como o bom advogado de defesa que é, ele não perde tempo em querer assumir o caso do pai. O problema é que o pai não quer de jeito nenhum que seu filho o represente, por melhor advogado que seja.
Conforme o filme vai passando, vamos descobrindo partes do passado de pai e filho, que não se entendem, mas são bastante parecidos.
Talvez por isso eles batam tanto de frente, já que o juiz vê em seu filho sua versão mais jovem, e não se conforme com os caminhos seguidos por ambos.
Hank, por sua vez, seguiu os passos do pai, talvez no intuito de ter sempre a aprovação do pai, que parecia nunca o enxergar, a não ser para criticar e pontar defeitos.
Não apenas o pai, mas muita gente na cidade parece ter ranço da família toda, especialmente de Hank. Mas como um juiz tão gentil, e tão justo, pode causar ranço em toda uma cidade?
Hank fica cada vez mais confuso e desconfiado, e parte atrás de respostas. Nesse ponto, eu já não consegui ver mais o Homem de Ferro e nem o Sherlock Holmes, mas o Hank Palmer.
Agora sim eu posso dizer que Robert Downey Jr. é um bom ator e que sabe sair do Homem de Ferro quando precisa.
Aqui, temos um Hank Palmer triste, confuso e amargurado com o pai e com as próprias decisões da vida.
Aos poucos, vamos vendo várias nuances dele, que se sentia o todo poderoso, mas era capaz de cair do pedestal no primeiro vento forte.
É um filme relativamente longo e bem parado em vários momentos, mas que não me cansou. Acho que isso se deve também ao fato de eu estar me rendendo a filmes mais dramáticos ultimamente.
Mas em nada tiro o mérito do elenco, que atuou muito bem. Esse filme é um cliche, de dramas familiares e erros do passado, onde o protagonista vai amadurecendo e aprendendo com a vida.
Ainda assim, é um bom filme, pois mostra pessoas normais, que resolvem seus problemas de maneira normal. Brigam, se magoam, fazem as pazes, seguem a vida, mesmo que não tenham um final muito feliz.
Gostei de ver a relação de pai e filho, de como eles vão se entendendo e tentando resolver anos de problemas. Acho que em algum momento, todo mundo vai se ver neles, pois tem alguma mágoa do passado que gostaria de resolver com alguém que ama.
Minha única ressalva é quanto ao final. O desfecho do julgamento é crível, temos uma solução bem real e poderia ter parado por aí, mas inventaram um "final mais emocionantes", que acabou dando uma ideia mais aberta... o que confesso que não entendi e acabei ficando com a pergunta do "cadê o resto?".
A não ser por isso, é um bom filme, se você curte temas mais cliches e filmes longos.
Já tinham visto esse filme? Curtem filmes com tramas mais dramáticas? Me contem aí! 😉
Oi, Hanna. Como vai? Parece-me aquele tipp de filme clichêzão gostoso de ser visto para quem adora clichês. Que bom que gostou, apesar das resssalvas. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Sim! É bem isso. ^^
ExcluirOi Hanna, sua linda, tudo bem?
ResponderExcluirEu já vi esse filme, mas faz muito tempo. Não lembro mais desse final que você comentou. Acho que é uma boa oportunidade então para revê-lo. Gosto muito de enredos com dramas familiares, então sei que irei gostar. Dica mais do que anotada. Sua crítica ficou ótima!!!
beijinhos.
cila.
https://cantinhoparaleitura.blogspot.com/
Bons filmes é sempre bom rever, né? ^^
ExcluirInfelizmente o tema não me chama atenção, embora eu tenha curiosidade de ver pelos atores que gosto.
ResponderExcluirBjs
Imersão Literária
Eu também fiquei curiosa mais pelo elenco, sabe?
ExcluirOlá, Hanna.
ResponderExcluirEu peguei a dica desse filme esses dias em algum blog que não me lembro agora qual foi. E peguei justamente para poder ver o ator fazendo outro personagem porque até então só conheço ele de Homem de Ferro hehe. E também porque gosto desse ambiente.
Prefácio
Espero que goste do filme também. ^^
ExcluirHanna, nem preciso dizer que AMO filmes de tribunais né? Tbm curto séries nessa temática e tenho algumas para indicar também. Uma pena que foram além, meio que estragando o filme já chegando ao finalzinho... Mas quero assistir! Beijos! Karla Samira
ResponderExcluirOpa! Aceito indicações de filme também! ^^
ExcluirOI Hanna, que assisti a esse filme e adorei. Além de gostar muito de filme de tribunais, eu adoro o ator. Acho ele um charme. kkk
ResponderExcluirbeijos
Chris
Inventando com a Mamãe / Instagram / Facebook / Pinterest
Ele é um charme mesmo, né? S2
ExcluirValeu pela dica. Vou ver se assisto com minha mãe.
ResponderExcluirBoa semana!
Jovem Jornalista
Instagram
Até mais, Emerson Garcia
Que bom, espero que gostem! =)
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