Olá meu povo, como estamos? Hoje eu vou falar sobre La Revolution, uma das séries mais recentes do catálogo Netflix.
Foto: Divulgação |
Ficha técnica:
Série: La Revolution
Ano: 2020
Temporadas: 1 (em produção)
Episódios: 7
Duração: 50min (em média)
País: França
Em La Révolution, o médico e futuro inventor da guilhotina Joseph-Ignace Guillotin (Amir El Kacem) investiga uma série de assassinatos na França de 1787, descobrindo então um novo vírus que se espalha rapidamente pela aristocracia.
A Revolução Francesa marcou a História, não só da França, mas do mundo inteiro. Seja em literatura, teatro, filmes, nos livros escolares ou em quadrinhos, é um episódio que fez os franceses serem quem são hoje. E é também exemplo de muitos eventos que aconteceram pelo mundo afora.
Pelo que conhecemos dos fatos reais, a Revolução Francesa ocorreu por causa de uma situação muito ruim, onde os pobres ficavam cada vez mais pobres e morriam de fome ou doentes, devido à fraqueza, enquanto a corte ficava mais rica, cobrando mais impostos, e esbanjando fartura, cercados pelos muros dos palácios, como se vivessem em um mundo paralelo.
Mas... e se se tudo isso fosse apenas um disfarce de algo maior e mais perigoso? Nessa versão, não apenas a nobreza vivia nesse mundo paralelo de luxo e mordomias, mas também tinha uma estranha doença, causada por um vírus, cuja origem é um mistério...
A doença não foi encontrada em pobres, apenas os ricos tem. Não se sabe como é transmitida, sabe-se apenas que os infectados podem ser as melhores pessoas do mundo, mas quando estão infectadas, elas causam medo por onde passam.
A única pessoa que sabe a possível origem dessa doença é um preso da Bastilha, que está correndo perigo de morte, por "falar demais".
Cabe então ao médico, Joseph Gillotin, o único na região, descobrir se tem uma cura, ou como parar a transmissão.
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Quando vi essa série no catálogo da Netflix, tratei logo de ver, pois pelo trailer, eu pensava que seria uma versão mais sombria, por ser algo mais parecido com o que aconteceu realmente na História.
Mas, pense na minha surpresa quando dei de cara com algo sombrio, sombrio mesmo, de terror... Sim, essa é uma série francesa, com a Revolução Francesa, contada pelo lado do terror.
Ainda assim, era uma coisa que me deixou curiosa e, quando vi, estava assistindo ao último episódio já.
Joseph é um médico que hoje trabalharia em postos de saúde lá do interior. O único médico da cidade inteira, tendo que cuidar de todo mundo.
Ele é apaixonado pelo que faz, e está encucado com a revelação de um dos detentos da prisão onde ele atende de vez em quando.
O detento fala que conhece a raiz de um misterioso caso de adolescentes desaparecidas.
Há meses elas somem, e são encontradas tempos depois, no meio da mata, mortas de uma maneira cruel.
Ninguém sabe quem as sequestrou e matou, mas o caso é mais famoso entre os mais pobres da cidade, rendendo até lendas urbanas.
A grande questão é que o detento está preso há décadas, então como ele pode saber de algo que está acontecendo há meses do lado de fora?
Porém, ele sabe de detalhes que estão mexendo com a aristocracia. Pode ser verdade ou não o que ele diz, mas tem que ser calado o quanto antes.
Isso faz ele ser vítima de ameaças, tanto verbais quanto físicas. E é nessas agressões físicas que ele caba sendo atendido por Joseph.
Joseph parece ser o único que lhe dá ouvidos, sem querer matá-lo. Isso porque, o que parecia ser delírio de uma pessoa confinada há muito tempo, pode ter um fundo de verdade, quando ele resolve dar uma de detetive e investiga os desaparecimentos mais a fundo e identifica um padrão entre eles.
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Em paralelo a isso, a família Montargis tenta manter as aparências. Ela vive com a criança Madeleine, o tio Charles e os primos Donatien e Marie no interior de Paris.
Charles gosta de manter as aparências, dizer que está tudo bem, mas não está. Marie parece que veio ao mundo a passeio e seu pai faz questão que continue assim.
Donatien está trancado em casa e sofrendo de gangrena, enquanto seu pai insiste em dizer o quanto o rapaz é forte feito um touro, para não "passar vergonha".
Elise parece ser a única sensata nessa família, e gostei bastante dela por ter uma veia feminista. Mesmo que a época e os homens ao redor tentem lhe colocar para escanteio, ela sempre dá um jeito de deixar todo mundo sem resposta, é forte e muito inteligente.
Embora Charles não goste dessas atitudes "prafrentex" da sobrinha, ele sabe que não pode dominá-la, então se vinga na mais nova, Madeleine, que é uma vergonha para a família, por ser muda e sofrer com o que eu acho ser epilepsia.
Isso rende episódios um tanto pesados, de preconceito e machismo, que me deram nos nervos. Principalmente quando Madeleine diz o que ela vê quando tem os ataques e vê algumas imagens.
O que poderia ser imaginação de criança parece tornar o palácio cada vez mais assustador, e ao longos dos episódios vamos entendendo o porquê.
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Some-se a isso, os desaparecimentos na cidade estão se tornando mais frequentes e Joseph parece está perto de descobrir a verdade que está por trás do ducado dos Montargis.
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Essa é uma série completamente inesperada. Eu comecei achando que encararia algo realmente mais histórico, mas encontrei algo beirando fantasia a la Game of Thrones.
Além disso, conseguiram colocar uma pandemia em pleno século XVIII, que aqui é chamada de Doença do Sangue Azul.
Joseph é um médico que realmente trabalha por amor. Ele vai onde a doença está, não importa se é num palácio, numa prisão, ou no meio do mato. Ele pesquisa, ele investiga e ele quer curar pessoas.
Quando ele percebe que as meninas mortas tinham um vírus desconhecido, ele começa a investigar a possível fonte da doença, para ter uma vacina.
Aos poucos, vamos entendendo como ela é transmitida, como ela pode ser tratada... e como o governo está lidando com isso.
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O que gera mais revolta entre a população é exatamente como o governo trata a doença. Já não bastasse a fome e a pobreza, ainda tem esse vírus que ninguém sabe de onde veio, nem para onde vai, mas causa estragos por onde passa.
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Os episódios são narrados por uma voz feminina, que ainda não sabemos quem é, mas parece nos contar algo que está em seu diário.
Apesar de ter uma média de 50min, os episódios são tão fluidos, que você maratona fácil. Eu mesma vi a temporada inteira um único dia.
Como se passa na França, temos um cenário maravilhoso, de montanhas e florestas muito bonitas, o que rendem fotografias incríveis.
A parte do palácio também é um luxo só, retratando bem como era a vida dos nobres da época... E a vida dos pobres e miseráveis também, num ambiente sujo e sombrio por natureza.
E a parte sobrenatural fica a cargo da Doença do Sangue Azul, que é algo que até seria relacionado a nobres terem sangue azul.
Aqui, o Sangue Azul é exatamente a doença que ataca a nobreza... E os deixa arrogantes, prepotentes, egoístas e assassinos...
O que os faz ser assim não parece ter cura, pelo menos é o que dizem, mas nosso heroi Joseph parece estar disposto a ir até os confins do mundo conhecido e desconhecido para entender de onde ela surgiu e se terá um fim.
Aos poucos, a rebelião que estava se formando, começa a tomar um novo rumo, afinal a sobrevivência de todos está em jogo.
Assim, a Revolução Francesa toma forma, não para lutar contra ideias políticos, mas para combater uma doença, da única forma que sabem por enquanto, o que traz jogadas políticas, "tiro, porrada e bomba" e mistério.
Essa não é uma serie histórica, nem é um romance de época. Mas é uma série boa para entretenimento, que é possível de maratonar num final de semana em casa, principalmente se você curte séries mais com pegada sobrenatural.
Eu não sou muito de assistir série assim, mas essa me surpreendeu bastante e recomendo.
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E aí, já tinham visto essa série? Curtem esse tipo de releitura? Ou são mais tradicionais? Me contem aí!
Que legaL. Deu até saudades do palácio de Versalhes vendo aquela foto divulgação. A série parece ser muito boa!!
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Ai que chique... rs
ExcluirEi, Hanna, tudo bem? Eu achei bem legal a série, a ideia pelo menos, eu curto bastante essa coisa de séries que se passam séculos atrás. Vou dar uma conferida. Beijo.
ResponderExcluirBooks House
Espero que goste. =)
ExcluirOi Hanna! puxa, eu nunca vi essa série no catálogo da Netflix, deve ser mais uma daquelas que mereciam mais marketing e não tem. Gostei bastante da premissa e ainda mais pelo lado terror! Vou colocar na minha listinha!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Eu também não vi muito alarde sobre ela, acredita? Achei muito por acaso. Mas recomendo! =)
ExcluirOi Hanna,
ResponderExcluirEu curto sim uma releitura e gosto da proposta da série.
Não a conhecia ainda, estou maratonando os filmes Natalinos, então estou focada neles, rs.
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Tudo bem... rs
ExcluirOi, Hanna. Como vai? O seriado parece muito bom. Que bom que você gostou! Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Esta série ainda não conhecia, e vou querer da uma olhada. Por ter um contexto histórico real, me chama bastante atenção. A fotografia da série também está linda.
ResponderExcluirAbraço
Imersão Literária
A fotografia está linda mesmo. S2 Ela tem um contexto real, mas vai para um lado bem diferente, viu?
ExcluirOi!
ResponderExcluirJá tinha ouvido falar da série apenas de nome e eu achava que era apenas uma série genérica de época, mas todo o lance de ter uma doença que afeta só os sangue azul eu achei bem interessante e vou ficar de olho na série.
Beijão
https://deiumjeito.blogspot.com/
Recomendo, viu? ^^
ExcluirOi, Hanna. Tudo bem?
ResponderExcluirQuando essa série saiu na netflix, eu meio que pulei ela porque ainda estava embarcando em outras séries e acabei até esquecendo. Vendo sua resenha percebi que é algo bem diferente do que imaginava e estou curiosa pela história.
Beijos, Vanessa
Leia Pop
hahhaha
ExcluirAcontece... =)
Oi Hanna, tudo bem?
ResponderExcluirSua resenha me surpreendeu muito, também achava que era uma série de viés mais histórico. Tô chocada com esse lance do vírus e, pra ser honesta, não sei o que pensar hahaha! Acho que vou acabar passando, tenho muitos títulos na fila que não tô dando conta. :(
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
hahahahhaha
ExcluirEu fiquei admirada quando vi, mas a série é boa no final das contas. E super te entendo com relação a muitas séries e pouco tempo para ver tudo... kkk
Gente, que tudo. Mesmo não tendo uma pegada mais histórica mesmo, vou conferir com certeza.
ResponderExcluirAinda mais sendo francesa. xD
Beijo.
Cores do Vício
Netflix maldita não me avisou dessa série e por isso vou já adicionar pra maratonar futuramente
ResponderExcluirBeijos
Balaio de Babados
Ela avisou ninguém... kkkk Descobri muito por acaso também
ExcluirOlá, Hanna.
ResponderExcluirEstou de ressaca de assistir esses dias. Não estou conseguindo ver nada, nem os filmes natalinos que sempre assisto nessa época do ano. Esse mês não assisti um mísero episódio de alguma série ainda. E acredito que esse tipo de série não faz muito meu gênero também. Apesar de acreditar que o figurino está lindo hehe.
Prefácio
Tudo bem, super te entendo, viu?
ExcluirAinda não tinha ouvido falar e já quero muito ver, estou curiosíssima!
ResponderExcluirBeijos/Kisses.
Anete Oliveira
Blog Coisitas e Coisinhas
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Espero que goste S2
ExcluirAmei a dica de série. Ainda não vi essa e eu amo essa temática de pegar algo histórico e fazer uma coisa nova.
ResponderExcluirbeijos
https://www.dearlytay.com.br/
Eu estava pensando em algo totalmente diferente, uma pegada mais histórica, sabe? Até adicionei a série para assistir, mas não sei se verei.
ResponderExcluirBom fim de semana!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Acho que a ideia é mais essa mesmo... enganar a gente... rs
ExcluirOi Hanna, eu fiquei curiosa por abordar a Revolução Francesa, mas já fiquei meio reticente por ser de terror. E ainda é de terror, terror mesmo... Ui... não sei se aguento assistir. Fico muito tensa com terror.
ResponderExcluirbeijos
Chris
Inventando com a Mamãe / Instagram / Facebook / Pinterest
Então... eu também sou medrosa para ver filmes/séries de terror, mas dessa não fiquei com medo não... rs
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