Olá meu povo, como estamos? Diante de tantas notícias que vemos no jornal, falando sobre a situação da Europa nos últimos tempos, é importante falar sobre a guerra e o que ela pode causar na vida e na mente das pessoas, independente de qual ângulo vemos.
Para isso, separei hoje alguns livros que retratam um pouco disso, visto de pontos distintos.
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Foto: Creative Commons/Pixabay |
1. Cidade de Ladrões
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Foto: Divulgação |
Em Cidade de Ladrões, um jovem escritor, convidado para escrever um ensaio autobiográfico, decide trocar o relato de sua própria vida, "intensamente maçante", pela história do avô, que combateu os alemães durante o cerco a Leningrado, na Segunda Guerra Mundial.
A Segunda Guerra Mundial está em pleno curso. Em Leningrado, cidade sitiada pelos alemães, tudo pode acontecer. Cadáveres de paraquedistas caem do céu, canibais vendem carne humana no mercado, prédios desabam no chão, cachorros tornam-se bombas. Em meio a esse mundo fantástico e aterrador, dois jovens, Lev e Kolya, recebem uma missão impossível: encontrar uma dúzia de ovos para que a filha de um coronel russo tenha um bolo de casamento.
Em uma cidade onde as pessoas mal têm o que comer, Lev e Kolya embarcam em uma caçada em busca do inatingível. Tendo como pano de fundo eventos marcantes da História, Cidade de Ladrões é uma narrativa emocionante, de ritmo cinematográfico, sobre coragem e amizade. É, também, uma comovente história sobre a descoberta do amor.
2. As Crônicas de Nárnia
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Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal - o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é 'O leão, a feiticeira e o guarda-roupa', escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. MasLewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como 'As crônicas de Nárnia'. Nos últimos cinqüenta anos, 'As crônicas de Nárnia' transcenderam o gênero da fantasia para se tornar parte do cânone da literaturaclássica. Cada um dos sete livros é uma obra-prima, atraindo o leitor para um mundo em que a magia encontra a realidade, e o resultado é um mundo ficcional que tem fascinado gerações. Esta edição apresenta todas as sete crônicas integralmente, num único volume. Os livros são apresentados de acordo com a ordem de preferência de Lewis, cada capítulo com uma ilustração do artista original, Pauline Baynes. Enganosamente simples e direta, 'As crônicas de Nárnia' continuam cativando os leitores com aventuras, personagens e fatos que falam a pessoas de todas as idades.
Embora não pareça, esse livro tem algumas passagens sobre a II Guerra Mundial, nas quais as crianças precisam se refugiar dos bombardeios.
3. A Guerra que Salvou Minha Vida
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Ada tem dez anos (ao menos é o que ela acha). A menina nunca saiu de casa, para não envergonhar a mãe na frente dos outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr, pular – coisas que qualquer criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha nascido com um “pé torto” como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da casa e do irmão sozinha, além de ter que escapar dos maus-tratos diários que sofre da mãe. Ainda bem que há uma guerra se aproximando.
Os possíveis bombardeios de Hitler são a oportunidade perfeita para Ada e o caçula Jamie deixarem Londres e partirem para o interior, em busca de uma vida melhor.
Kimberly Brubaker Bradley consegue ir muito além do que se convencionou chamar “história de superação”. Seu livro é um registro emocional e historicamente preciso sobre a Segunda Guerra Mundial. E de como os grandes conflitos armados afetam a vida de milhões de inocentes, mesmo longe dos campos de batalha. No caso da pequena Ada, a guerra começou dentro de casa.
Essa é uma das belas surpresas do livro: mostrar a guerra pelos olhos de uma menina, e não pelo ponto de vista de um soldado, que enfrenta a fome e a necessidade de abandonar seu lar. Assim como a protagonista, milhares de crianças precisaram deixar a família em Londres na esperança de escapar dos horrores dos bombardeios.
4. Toda Luz que Não Podemos Ver
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Marie-Laure vive em Paris, perto do Museu de História Natural, onde seu pai é o chaveiro responsável por cuidar de milhares de fechaduras. Quando a menina fica cega, aos seis anos, o pai constrói uma maquete em miniatura do bairro onde moram para que ela seja capaz de memorizar os caminhos. Marie-Laure está com doze anos quando Paris é ocupada pelos nazistas, e pai e filha se refugiam na cidade de Saint-Malo, onde o tio-avô de Marie-Laure vive em uma enorme casa à beira-mar. Eles levam consigo o que talvez seja o mais valioso e perigoso tesouro do museu.
Em uma região de minas na Alemanha, o órfão Werner cresce com a irmã mais nova, encantado pelo rádio que certo dia encontram em uma pilha de lixo. Com a prática, Werner acaba se tornando especialista em montar e consertar esses aparelhos cruciais à época, talento que lhe vale uma vaga em uma escola nazista e, logo depois, uma missão especial: para descobrir a fonte das transmissões de rádio responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia. Cada vez mais consciente dos custos humanos de seu trabalho, o rapaz é enviado então para Saint-Malo, onde seu caminho cruza o de Marie-Laure.
Em uma história de amor e bondade, as vidas de Werner e Marie-Laure vão se encontrar em tortuosas circunstâncias, enquanto ambos tentam sobreviver às atrocidades da Segunda Guerra Mundial. Um suspense arrebatador, contado de forma fascinante, Toda luz que não podemos ver é um romance sobre generosidade e sobrevivência e sobre o que há além do mundo visível.
5. O Menino do Pijama Listrado
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Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz ideia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga.
Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.
De todos, esse foi o único que ainda não li. Mas estou com ele na estante e na fila de espera de leitura. Quem sabe ainda esse ano eu consigo.
6. A Menina que Roubava Livros
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Ao perceber que a pequena Liesel Meminger, uma ladra de livros, lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. A mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade. A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História.
E aí, já leram algum desses livros? Curtem obras com esse tema? Me contem aí!
Oi Hanna!
ResponderExcluirLivros com temática de guerra nunca são fáceis para mim, pelo menos, não as reais. Nos livros de fantasia, tudo ok, mas quando é real, me dão muitos gatilhos. Então, leio beeeem pouco essa temática.
E acredita que nunca terminei Nárnia? Tenho essa versão unificada e está 'esquecida' na estante, rs.
beeeijo
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Oi Alê, eu te entendo. Para mim, também não é uma temática fácil, mas eu leio de vez em quando, mesmo sabendo que vou chorar bastante no processo. Nossa, menina, que chato que não terminou Nárnia, mas até que te entendo também, é bem grandinho e temos muitos livros para ler, né? Algum fica para trás no processo. Mas vida que segue, haha.
ExcluirOi, Hanna. Como vai? Particularmente gosto bastante de livros sobre guerra. Destes da sua lista eu só não li A GUERRA QUE SALVOU MINHA VIDA, contudo pretendo lê-lo, se possível ainda neste ano. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Ah, pois recomendo, viu?
ExcluirOi Hanna! A menina que roubava livros é um dos meus favoritos da vida. Esta história me emocionou demais. Já li também O menino do pijama listrado, mas não foi como eu esperava.
ResponderExcluirBjos!! Cida
Moonlight Books
Ah, bom saber disso, Cida. Temos gostos em comum, pelo visto, =). Esse O Menino do Pijama Listrado estou bem curiosa, espero não me decepcionar.
ExcluirHanna, adorei como abordou o tema. Livros assim, geralmente, nos ensinam muito! Mesmo diante de um cenário tão horrível. :( Quero muito ler "A guerra que salvou a minha vida" e "A menina que roubava livros" é uma das histórias preferidas. Sério, que livro perfeito! Foi a primeira vez que sai da minha zona de conforto literária e como valeu a pena! ♥
ResponderExcluirBeijos, Carol
www.pequenajornalista.com
Que bom que gostou do post, Carol, =). Sim, esses livros nos tiram total da zona de conforto, e acabam rendendo ótimas experiências mesmo. Espero que consiga ler A Guerra que Salvou Minha Vida.
ExcluirOi Hanna,
ResponderExcluirFiquei interessada no livro Toda Luz Que Não Podemos Ver. De todos da sua lista, eu só li O Menino do Pijama Listrado, ele é delicado e escrito de maneira tão inocente quanto O Diário de Anne Frank, em que vemos os malefícios da guerra pelos olhos de crianças.
Beijo, Blog Apenas Leite e Pimenta ♥
Olá Leslie, espero que consiga ler Toda Luz Que Não Podemos Ver. Ele vai ter até adaptação na Netflix, né? Estou curiosa também para conferir.
ExcluirA Menina e o Menino não sou tanto fã, tenho Toda Luz já faz um tempão, só me falta tempo pra ler!
ResponderExcluirhttps://clebereldridge91.blogspot.com/
Sério, Cleber? Poxa, espero que tenha uma melhor experiência com Toda Luz Que Não Podemos Ver, ;)
ExcluirOie, li apenas os dois últimos e foram experiências que adorei. Os outros parecem incríveis.
ResponderExcluirBjs
Imersão Literária
Que bom que gostou, Ley, ^^.
ExcluirOi
ResponderExcluirdesses ai eu só li a menina que roubava livro, tem também a trilogia o século do ken follett, os 3 livros se passam em uma guerra tem ficção, mas também tem alguns situações reais, inclusive parei a leitura do último porque fiquei revoltada, mas preciso voltar a ler.
https://momentocrivelli.blogspot.com/
Eu gostaria de ler os livros do Ken Follet um dia. Sou bastante curiosa para conferir também.
ExcluirOlá, Hanna.
ResponderExcluirInfelizmente o povo não aprende não é? Mas guerra é interesse fazer o que. Dos citados já li quase todos e meu favorito é o único que você não leu hehe.
Prefácio
Pois é, Sil, o povo parece que não aprende séculos de lições... Estou curiosa ainda para ler O menino do pijama listrado.
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