Olá meu povo, como estamos? Cá estamos, com a resenha de mais um conto "brazuca", com bastante fantasia e "tiro, porrada e bomba".
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Obs. Conto lido em parceria com a editora Crônicas Fantásticas.
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Livro: Fronteira da perdição
Autor: Emerson Silva
Editora: Crônicas Fantásticas
Páginas: 221
Ano: 2021
Lilith, uma mercenária contratada para atuar militarmente em um guerra expansionista no sul de Astherum, se vê em uma situação complicada quando elfos selvagens, — antigos ocupantes da região — planejam um ataque em massa para retaliar os invasores.A guerreira precisa fugir e, junto de um bando com outros mercenários, deverá enfrentar a fúria élfica para sobreviver ou ser engolida por ela.
Lilith, também conhecida como Olhos de Lua, terá que encarar uma missão que a faz voltar para o sul de Astherum, que continua em guerra com os elfos selvagens.
A mercenária, dessa vez, encara uma das batalhas mais difíceis de sua vida, que podem custar bem caro e vai mudar algumas certezas que ela achava que tinha.
"Não existem heróis ou vilões em uma guerra. Apenas vítimas, pessoas que estão lá por obrigação."
Uma proposta interessante que já tinha reparado em alguns contos da Confraria era o resgate de alguns personagens de contos anteriores.
Pela primeira vez, o Emerson arriscou ao trazer a Lilith de volta em Fronteira da perdição.
A protagonista continua do jeito que eu a conheci, forte, corajosa e sem medo de encarar o perigo, para defender o que ela acredita, o que achei bem legal, já que aqui mantemos uma constância na estória.
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Lilith aqui ganha uma alcunha nova (ou não tão nova assim), de Demônio Negro, da qual não gosta.
Apesar de ter ficado incomodada com essa alcunha num primeiro momento, já que a própria personagem é não branca, tal alcunha pode ter a ver com os fantasmas do passado da mercenária, que, a cada passo, parecem estar mais próximos de encará-la novamente, o que a assusta bastante.
Aos poucos, o autor está criando um universo no qual podemos ir desvendando o passado de Lilith e entendendo um pouco suas atitudes, o que, particularmente, gostei bastante, já que a personagem passa a ficar mais próxima da realidade.
Sua missão dessa vez é voltar para o sul de Astherum, que está sendo dominada pelos elfos selvagens, que se dizem donos da terra e se recusam a sair.
O que, a princípio seria uma missão simples de cumprir para Lilith, dada sua história como guerreira, passa a ser um verdadeiro desafio, já que agora ela vai ter que encarar mais do que apenas elfos selvagens.
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Mantendo a marca de uma narrativa bastante detalhada e em terceira pessoa, o autor conseguiu escrever seu conto mais longo até agora, o que é até legal, já que ele se manteve constante e não se perdeu no meio da trama, que teve um começo, meio e fim bem marcadinhos.
No entanto, apesar de estar "fazendo as pazes" com os detalhes do autor, notei uma coisa que me incomodou num primeiro momento.
Enquanto parte do conto manteve a escrita ágil e sem rodeios que vi no conto anterior, outra parte apresentou uma escrita mais rebuscada e até mais arrastada, o que me deu a impressão de serem dois contos em um.
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Talvez por ter tido essa sensação, eu não consegui me manter totalmente imersa como esperava, o que me decepcionou um pouco, já que tinha expectativas com relação a Fronteira da perdição, quando soube quem seria a protagonista.
Não que o texto não pudesse apresentar uma linguagem mais arrastada, mas levando-se em consideração a trama que trazia e o gênero, não combinou muito (ao meu ver) com uma escrita rebuscada, que talvez ficasse melhor num romance de época do que num conto de fantasia.
Apesar dessa sensação num primeiro momento, o autor manteve cenas de ação bem descritas, o que compensou a surpresa do primeiro impacto e me ajudou a levar a leitura de boas até o final.
O final, assim como os outros contos do autor, traz a marca de ser satisfatório, com uma mensagem filosófica profunda, porém aberto, o que dá margem para imaginar qualquer coisa que possa ainda acontecer com os personagens.
"A história é escrita por quem enforca os heróis."
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Com relação ao conto em si, esse teve a capa que mais gostei, com a Lilith aparecendo logo de cara e mostrando a que veio. Além disso, a diagramação e a revisão, como sempre, estão de parabéns.
Apesar das ressalvas, eu gostei bastante do conto e recomendo, embora não possa dar nota máxima dessa vez.
Já conheciam os outros contos do autor? E o projeto da Confraria Crônicas Fantásticas? Me contem aí!
Obs.: Não sei se repararam, mas nesse post, algumas fotos estão com diferença de kindle, já que comprei um novo esses dias. Vocês gostariam que eu fizesse um post comprando os dois modelos? Me falem nos comentários! 😉
Oi, Hanna. Como vai? Parece uma obra muito boa não é! Seria legal se você fizesse um ppst com as diferenças existentes nos dois modelos de kindle. Um abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Que bom que gostou Luciano. ^^
ExcluirOie, o livro é novo para mim, mas adorei conhecer através da sua resenha. E também adorei o novo kindle! Super gostaria de um post falando de sua experiência com o novo modelo.
ResponderExcluirBjs
Imersão Literária
Que bom que gostou Leyanne. Pode deixar, dica de post anotada já, haha.
ExcluirEu gostei por ser um livro fácil e pequeno de ler, nesses últimos tempos estou lendo livros assim menores para intercalar com um calhamaço bem denso que peguei para ler e sei que vai demorar muito.
ResponderExcluirBeijos.
https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/
Te entendo Vanessa, nesse momento estou fazendo exatamente o mesmo... haha
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