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Filme: Os indomáveis
Ano: 2007 (original em 1957)
Gênero: Faroeste, Drama
Duração: 2h02min
Dan Evans (Christian Bale) é um jovem rancheiro, que enfrenta dificuldades financeiras e está prestes a perder as terras onde vive com sua família. Após realizar mais um assalto a diligência, o perigoso Ben Wade (Russell Crowe) segue para uma pequena cidade do velho oeste. Lá ele é preso e logo é organizado um grupo para levá-lo até uma cidade distante, onde poderá ser enviado à prisão de Yuma através de um trem. Evans se oferece para integrar o grupo, desde que receba uma recompensa financeira que resolva seus problemas. A proposta é aceita, mas fazer com que Wade embarque no trem não será uma tarefa fácil, já que os demais integrantes de seu bando estão vindo em seu resgate.
Dan Evans é um cara humilde e pacato, que só queria seguir sua vidinha com família no rancho. Ele tenta fazer de tudo para dar o melhor aos filhos, mas acabou hipotecando o rancho e agora os cobradores batem á sua porta. Quando menos se espera, eles surgem e não apenas o ameaçam, como colocam em risco a vida de seus filhos e esposa.
Dan não sabe o que fazer, mas está tentando se safar dos cobradores, quando dá de cara com o bando mais temido do Oeste: o bando de Ben Wade. Ben Wade é um cara bonitão, e também muito malvado. Apesar de não terem nada a ver um com o outro, os destinos desses dois caras estão mais que entrelaçados.
Eu estava procurando um filme diferente para ver no Netflix, quando encontrei o poster desse no catálogo. Ele me chamou atenção pelos atores que interpretam os protagonistas, e logo descobri que era uma releitura do clássico homônimo, filmado em 1957.
Apesar de não ter visto o filme original, acredito que tenha sido um verdadeiro desafio fazer uma releitura dessas, ainda mais com um filme que concorreu ao Oscar.
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Dan Evans é interpretado por Christian Bale, só o cara que fez o melhor Batman que todo o cinema já viu (me julguem!). Ele é um cara simples, sem muitos objetivos na vida, a não ser o de dar um pouco de paz e tranquilidade à sua família, mesmo que eles não entendam muito bem.
Ele tem dois filhos, sendo o mais novo tuberculoso e ele faz de tudo para dar um pouco de conforto para o garoto. Certas atitudes dele acabam deixando seu filho mais velho com ciúmes e revoltado, principalmente porque algumas atitudes incluem deixar o rancho endividado para comprar remédios, que na época eram uma fortuna.
Cá entre nós, o filho dele é um moleque imaturo e arrogante demais que, se eu pudesse, teria arranjado uma máquina do tempo, só para dar uns tapas na cara dele e ensinar umas verdades sobre a vida que ele custava a ver. 😒
Isso porque o garoto não se conforma com o modo que seu pai lida com as coisas, sendo que ele é um herói de guerra, que lutou pelo Exército americano tempos atrás. Mas no decorrer do filme, vemos o porquê de Dan ser assim e o que o fez voltar para casa como um "herói".
Por outro lado, Ben Wade lidera um dos bandos mais temidos de todo o Oeste e, para variar, são os mais procurados pela polícia. Cada denúncia a seu respeito vale recompensa, então claro que existem várias denúncias por aí... Quando finalmente é capturado, Ben tem que ser levado à prisão, que fica em Yuma, para ser julgado.
Mas como é um cara de escorrega mais que sabonete, é preciso uma verdadeira comitiva para levá-lo até o trem. E quem é que será o corajoso, ou muito louco, para cumprir essa missão, junto com a polícia?
Mesmo que se ofereça uma recompensa gorda, uma pessoa precisa estar muito, mas muito desesperada para estar do lado de Ben Wade... E eis que Dan Evans é nosso louco minha gente! Ele é a pessoa mais desesperada nesse momento, pois está para perder o rancho e talvez o filho, caso não consiga a grana de pagar sua dívida... e é aí que nosso filme de fato começa.
Apesar de ser um filme que se passa no Velho Oeste, é também um drama, pois somos apresentados não apenas ao Dan, mas também ao de Ben Wade, que assim como Dan, possui um passado que deseja esquecer e tenta representar um papel diante de todos.
Embora filmes desse tipo tenham aquela coisa de "mocinho e bandido", aqui vemos que ambos os lados se misturam em boa parte do filme. Dan cumpre o papel de bom marido e bom pai, um herói de guerra e que deveria ter sido recebido com coroa de louros na cidade. Mas ele faz de tudo para se esconder no rancho, se esconder de verdades que ele não tem coragem de admitir para si mesmo. Seu filho mais velho não tem uma relação muito boa com ele, principalmente porque quer ter uma vida de aventura e até ser um herói, mas a verdade é que ele não sabe nem ser o herói de si mesmo ainda, de tão imaturo.
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Ben tem amantes por todos os lados, tem pessoas que o idolatram e o temem por onde passa, mas a verdade era que ele sente inveja de Dan em vários momentos, mas suas escolhas o levaram a ter a vida que tem, fugindo do xerife e espalhando medo. Embora ele tenha vontade de sair dessa vida, a verdade é que ele não consegue, pois também gosta dessa vida sem destino certo.
Mas vai acabar vendo em Dan um amigo, que há muito tempo ele não tinha. Dan também vê em Ben um amigo, esmo que isso não faça muito sentido, mas eles acabam gerando certo laço de confiança e fazem suas confissões um ao outro, como uma única forma de falarem de seus medos e seus erros. Isso faz com que a gente fique indecisx sobre para qual lado torcer.
Até porque eles mostram que não existem pessoas 100% boazinhas ou 100% malvadas. Existem pessoas que são o que são por escolhas que tiveram na vida.
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Filmes de Faroeste não tem tantos efeitos especiais, já que a grande estrela são as cenas de "tiro, porrada e bomba". E aqui não poderia ser diferente. Temos ação do início ao fim, misturados a filosofia de vida de dois caras desconhecidos, mas que no fundo se parecem.
É um filme relativamente longo, então preparem bastante pipoca, pois vocês vão precisar. Mesmo assim, não é um filme cansativo. Pra quem curte um drama, tem bastante, quem curte aventura, tem um pouco, se curte ação, tem um montão. É para todos os gostos, e não esperem que tenham cenas limpinhas, afial estamos em meio a poeira e muita bala de espingarda.
Eu gostei bastante dos papeis que os dois protagonistas fizeram. Eles realmente incorporaram seus personagens e mostraram o motivo de terem concorrido a um prêmio. Além disso, o filme é tão intenso, que te faz estar lá, interagindo com eles, sofrendo e pensando junto com eles.
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O final, confesso, me deixou de queixo caído. Apesar dos pesares, não imaginei que fosse terminar daquele jeito. Somando tudo, acho que é um bom filme, e rende umas 5 estrelinhas.
Vocês já tinham visto esse filme? E a versão original dos anos 1950? Me contem aí se curtem filmes de Faroeste. Até mais! 😉
OI Hanna, eu vi o filme sim e adorei.
ResponderExcluirMuito bom!
beijos
Chris
Inventando com a Mamãe / Instagram / Facebook / Pinterest
Que legal Chris! =)
ExcluirBjks!
Não assisti esse filme, mas parece ser muito bom. Fiquei curiosa para assistir! ❤
ResponderExcluirhttps://www.kailagarcia.com
Espero que goste da dica. Quando assistir, me conta se gostou?
ExcluirBjks!