Projeto 52 Semanas: 1/52

em 08 janeiro 2017

   Olá meu povo! Como estamos? Hoje é a estreia do “old, but goldProjeto 52 Semanas, dessa vez em parceria com o Prateleiras da Fê.
  


 Para começar nosso projetinho, resolvemos ir mais devagar e usar temas mais lights.       Então, nosso tema de estreia é mais histórico e pessoal:




O que me fez gostar tanto de ler?



   Então, todos aqui sabem que sou uma bookahoolic de carteirinha e não vivo sem um livro na bolsa. Mas acho que nunca parei para falar sobre o que me fez gostar tanto assim de ler. Para falar a verdade, nem eu parei para pensar a respeito... (rsrsrs) simplesmente eu gosto de ler desde quando me lembro! =p
   Mas vamos tentar recapitular os fatos... bom, quando criança minha mãe comprava alguns livrinhos para mim, daqueles infantis mesmo, cheio de figurinhas coloridas e poucas palavras, pra eu aprender as primeiras palavras... até aí tudo bem, acho que toda mãe (ou pai, tio, avó, etc.) faz isso com uma criança.
   Mas vou confessar que sou uma criança um tanto frustrada, porque eu via nos filmes, algumas novelinhas na tv, ou qualquer coisa do tipo americano e percebia que as crianças só dormiam embaladas com historinhas que os pais contavam à noite. Então eu comecei a perturbar minha mãe para ler pra mim, afinal eu também queria saber se aquilo funcionava mesmo ou se era só pra deixar o filme bonitinho (desde criança já filosofava... é, não sou normal... me julguem! Kkkk). Meu pai não sabia ler além do próprio nome e minha mãe foi que me ensinou as primeiras letras, então ela que ouvia meus lamúrios e acabava cedendo, mas logo perdia a paciência, porque ela nunca gostou muito de ler... (mas me incentivava a gostar e comprar uma pancada de livro pra mim... vai entender?) Lembro que o primeiro livro que ela me comprou foi “A mãe da filha e a filha da mãe”. Era uma história bem bonitinha até, sobre o relacionamento de uma mulher com sua filha pequena. Mas eu não gostava daquele livro, só depois de um tempo que simpatizei com ele... (rsrs)


   Enfim... quando cresci mais um pouco e aprendi de fato a ler, eu passava os intervalos das aulas da escola na biblioteca, mas nem sempre conseguia terminar o livro, pois a hora do recreio acabou não sendo mais suficiente para os livros que eu começava a pegar (que aumentavam em número de páginas). Então logo comecei a levar os livros emprestados para casa. Minha mãe até gostou, pois eu passei a ler sozinha, mas ela acabou foi gostando de ler por tabela, porque eu ria tanto do que lia que ela ficava curiosa e acabava lendo também os livrinhos. E eu me apegava tanto que chorava ao ter que devolver, porque eu gostava tanto dos livros que queria ficar com eles.


   Lembro que o livro que mais gostei de pegar emprestado era um bem colorido, com a história de um rei muito louco, que decretava umas leis bem estranhas, tipo: as pessoas só podiam limpar o nariz com o dedo mindinho, porque era o que se encaixava melhor no nariz (eca!); só podia limpar a casa dia de sábado, porque era o dia mais chato da semana e você tinha que fazer o serviço mais chato no dia mais chato... e por aí vai. Não lembro o nome do livro, nem como ele termina, mas lembro que eu me acabava de rir lendo as leis muito loucas do rei. Esse era mais grossinho que o que minha mãe tinha me dado (umas 54 páginas, para uma criança de 7 anos... era um avanço... rsrsrs).
   Daí em diante, eu queria saber o que mais tinha na biblioteca da escola, mas por falta de verba e estrutura, ela acabou fechando e eu fiquei sem livros para ler durante um tempo...
Já maiorzinha, aos 11 anos, me mudei de volta para o Rio de Janeiro (na primeira parte da minha história eu morava na Paraíba), descobri que tinha uma biblioteca pública perto de onde eu morava, mas pra minha tristeza só tinha livros didáticos... não que seja ruim um livro didático, mas eu queria dos tipos que eu lia na biblioteca da antiga escola...
   Passou mais um tempo... e, aos 13 anos, eu vi um filme na TV, chamado “Entrevista com o vampiro”. Eu, por mais que seja medrosa (tenho pavor de filmes de terror), quando o filme tem seres que eu sei que não existem, tipo vampiros, lobisomens e afins, acabo assistindo, porque sei que não vão me assombrar de noite (rsrsrs). E eu fiquei louca com o filme, porque foi a primeira vez que minha mãe me deixou ver um filme de noite que acabava mais tarde e ainda por cima de vampiros (coisa de quem tá chegando na adolescência, kkkkk)! No dia seguinte, ao passar por uma livraria com meu pai, eu dei de cara logo na vitrine com o livro de mesmo título do filme! Imagina minha felicidade ao deparar com a história que tanto gostei escrita! E o livro tinha umas 300 páginas! Aquilo era um passo e tanto (kkkkkk)! Meu pai, que sempre fez minhas vontades, acabou comprando o livro pra mim.



   E assim começou a paixão... virei fã da Anne Rice, porque escreveu a melhor história de vampiros depois do Drácula. Virei fã do Lestat e suas aventuras no mundo das trevas. E depois de saber que tinha mais livros e eram crônicas (as Crônicas Vampirescas), tratei de correr e comprar todos os outros que faltavam até completar a coleção! À medida que os livros iam aparecendo, a quantidade de páginas ia aumentando, mas eu nem ligava, porque estava tão apaixonada pela história que lia e nem sentia. Carregava pra escola, pra casa da tia, pra todo lugar. Logo comecei a ler outros gêneros, pois a professora de literatura no ensino médio passava alguns livros e a gente tinha que fazer uma trabalho final, valendo ponto na média. Foi aí que conheci o meu livro favorito, que não tem nada a ver com vampiros e muito menos com terror. Já falei dele AQUI e guardo com muito carinho, pois logo depois de quase roubar o livro que a professora me emprestou (é eu quase fui uma menina que roubava livros antes mesmo de ler o livro, =p), minha mãe comprou uma outra edição dele no meu aniversário.
   Nunca gostei dos livros que via em literatura da escola, mas comecei a procurar mais pelos clássicos da literatura mundial. Logo era cliente conhecida na livraria e estava lendo Shakespeare (uma adolescente lendo Shakespeare por prazer era de se admirar)... mas ainda não tinha conhecido meu gênero favorito... lia porque tinha uma sede imensa e queria todos os livros que via na minha frente... a paixão era tanta que meu pai já sabia o que me dar de Natal: livros! Hoje ele é falecido, mas lembro a alegria no olhinhos dele ao me ver toda feliz com o livro que queria na mão e pulando feito um coelhinho na loja. Ele sempre dizia que preferia a filha com um livro na mão e viajando em busca de conhecimento do que fazendo coisas que não devia e andando em más companhias... os livros que ele me deu eu guardo com maior carinho que os outros. Não que sejam mais caros, na verdade nem são em questão financeira, mas hoje tem mais valor sentimental porque sei que quem os comprou tinha um carinho muito grande e já sabia que eu ia amar...

Esse foi o último livro que meu pai me deu. Tem um imenso valor sentimental para mim! =)


   Ao chegar na faculdade, a biblioteca central tinha não apenas os livros das disciplinas, como também era aberta à comunidade e tinha outros títulos e gêneros, dos clássicos mundiais aos infantis, que logo fui fuxicar... Lá descobri Sherlock Holmes, Harry Potter, As Crônicas de Nárnia...
   E não apenas por ter aprendido a ler, descobri que ler é um ótimo remédio. Tipo, se você está triste, vai ler. Se está confuso com alguma situação, vai ler. Se está com raiva, vai ler. Se tem algum compromisso e a pessoa se atrasa um pouco, vai ler... o pouco que você lê é muito importante. Porque você acaba se distraindo, viaja para a história do livro e simplesmente esquece um pouco do mundo ao seu redor. Não tem intriga, não tem discórdia, apenas as letras e o que elas significam para você. E não sei se isso acontece com alguém, mas comigo, tem autor que quase conversa com o leitor, e sempre tem uma frase que te ilumina algum pensamento que te trazia tristeza, ou te dá alguma certeza sobre o que você tava pensando mais cedo...
   Muita gente não curte ainda, acha que é perda de tempo pegar um livro e ler. Eu apenas digo que essas pessoas ainda não descobriram o gênero certo! =) Além do mais, se ler fosse tão ruim, não existiria a Biblioterapia (clique AQUI).



   Bom... essa foi a minha história de como comecei a ler e porque gosto tanto... Não deixe de conferir o que a Fernanda tem pra contar! =)




   Bjks e até a próxima! =)




2 comentários:

  1. Olá
    Adorei sua história. Já tem tempo que estou ensaiando contar a minha. Seu texto me ajudou bastante a amadurecer a ideia.
    Ler é tudo de bom. Meu filho, de um ano e nove meses, já tem seus livrinhos e adora quando peço pra ele escolher um pra lermos juntos. Ele ainda não tem paciência de sentar e ouvir a história, mas mesmo assim gostamos muito desses momentos.

    Beijos

    Vidas em Preto e Branco

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    Respostas
    1. kkkkkkkkkk
      Ele ainda é pequenininho Lay, mas tenha paciência, que um dia ele tb vai gostar de ler tanto quanto a mãe! =) Espero um dia poder ler sua história tb! Seja sempre bem vinda!
      Bjks!

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